quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Inebriante

                                                                                                                                         


Isolados, morena furtiva,
Não dos frutos e das flores,
Mas nas palavras que nos dissemos,
Em que cada um de nós imagina

Os fantasmas que em si mesmo cria.
Mesmo não sendo mares, jardins,
Luas, auroras e sendas,
Sempre estaremos ébrios um do outro.

Na solidão das línguas que não
Se encontram, pelo e pele,
Prados, tambores que rufam,

Lindas flâmulas que revoam,
Almas distantes que se atraem,
Como um par de pólos retroversos...



Francisco Settineri.

Um comentário:

Reflexo em Coisas de Mulher disse...

Adoro sua poesia, porem tem uma
beleza pra escolher os titulos que me sensibiliza!

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...