sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Soneto do Condão

                                                                                                                                                                                                  

Me encanto, e junto a ti, torno-me um bravo,
E nunca sou contigo inconstante,
Seria, do contrário, um reles parvo
Que nunca se deu às lidas de amante.

Eu não quero dos teus olhos o cristal
E as luzes de lágrimas derramadas,
Porém recolho, do manso litoral,
Flores mais lindas na manhã timbradas.

Se são tristes, morena, as despedidas,
Que deixam o meu peito encarcerado,
E sofrendo de dor as destemidas

Orações que te fiz, quando a teu lado,
Meu penar lhes dá um toque de Midas:
De ouro puro é teu ser, tão adorado.

Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...