quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Soneto do Retorno ao Porto

                                                                                                                                    


Se é que tens, no mundo, algum critério,
Traz a minha nave de volta ao porto,
E o meu corpo, de volta a teu império.
Se tu, que me esperavas semimorto,

Não te importas em dar-me um refrigério,
Vem, bela morena, que por um nada,
Sairei desse estado deletério.
Porque foste, pra mim, como uma fada,

A voar, seminua, pelos prados,
Dando às flores sempre uma nova vida,
Eu sei que fomos, ambos, bem-amados,

E a noite, a mais quente e divertida.
O que importa é cantar os nossos fados,
Saber, enfim, que és terra prometida.


Francisco Settineri.

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