Amena, como um vale que me chama,
A noite só terá, em sua neblina,
Tuas mãos, que são um fogo que inflama.
Eu tomo já o teu corpo nessa arena
Que é, do escuro céu, a mais serena,
E chamo-te, morena, para a cama,
Que abriga esse teu peito de menina,
Despido o puro véu, ora sem drama.
Eu danço em tua pele, no compasso
De valsa do passado, muito antiga,
E vou até o céu e me ultrapasso
Ao te fazer carinho, minha amiga.
Porque, sem teu amor, não dou um passo,
És dona do meu verso e da cantiga.
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