Blog de poesia porto-alegrense. Poemas de Francisco Settineri. Thanks ever so much!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Cansaço
Não vou mais cantar-te, musa de outrora,
Deixo-te a lembrar, em claro abandono,
Do tempo em que eras minha senhora,
Bem antes de inspirar-me apenas sono.
Mas procuro ser grato, e sem demora
Pelo que fizeste, antes desse outono.
Fizeste chorar, em lira sonora,
Versos de um bardo que era cão sem dono.
Já posso, agora, enfim, partir tranqüilo:
Se deixei em ti a minha semente,
Que se foi tremendo, a pedir-te asilo,
Ela agora brota, não mais dormente,
Cresce nos recantos do teu estilo,
De ser alheia e fugir de repente.
Francisco Settineri.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O SOM DO SILÊNCIO
. Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...
-
Talhado para a dor, enquanto sonhas Torpores de uma alma desabrida, Alteada a nua vela de partida, Saíste desta vida em mãos medonhas......
-
Um bardo tolo, e à beira da penha, Nem viu na musa o seu grande nariz Jorrou sonetos, feito um chafariz, E até hoje na cegueira se empen...
-
No pão que vem à mesa uma verdade Da vida vigorosa que já acena. Que a noite da passagem seja amena No adeus dos que se foram, com saud...
Nenhum comentário:
Postar um comentário