Eu pinto o que foi sonho em aquarela
E vejo a luz fugir do horizonte
Oferto o olhar tão simples que foi dela
E apaga-se toda a calma da fronte.
Foi Deus que me afastou desta estrela,
Me fez beber da água dessa fonte
Que um dia foi só fresca e era bela
E hoje, muito insípida e bifronte.
É sempre no passado essa querela,
Que trai da paz perdida o passo errante
E lenta uma agonia que martela,
Num céu que foi diverso, fulgurante.
Mas nunca há vez bastante para tê-la,
Estou sempre a perder-te, alma distante.
Mas nunca há vez bastante para tê-la,
Estou sempre a perder-te, alma distante.
Francisco Settineri
Um comentário:
Me fez beber da água dessa fonte...agora não sacio minha sede de poesia... de tão belo é o que encontro aqui.
Postar um comentário