Por teus cabelos construí castelos,
Espalhei amor pelos sete ventos,
E por teus olhos, oblíquos e belos,
Livrei a dor, em todos os momentos.
Em teu passo de corça vi o medo,
Também o rápido e arfante anseio:
Fui eu a tua presa, desde cedo,
E tu não tinhas porque ter receio,
Querer-te muito foi meu mandamento.
E nesse ouvir dos sons da maresia,
A tua lembrança trouxe o sentimento,
Perdido em cismas da noite vadia,
Arrependido, como num lamento,
Por não te amar tanto, quanto podia.
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