quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Canção da Mata



Nas matas onde enlevas, no momento,
És ninfa que passeia, bailarina,
Co’a lua em par, como divertimento,
Ao fundo, como flores na campina.

De louvores é cada paramento
E tudo o mais que esta canção ensina.
Coração em cordas, a flauta ao vento,
Leito de palha em trova fescenina,

E voam borboletas e joaninhas.
Aqui meu corpo jaz, não tenho medo,
Enquanto no meu colo já te aninhas,

E eu rolo pela relva, e quero cedo,
Na tarde coalhada de andorinhas,
Deitado em áurea paz, ser teu brinquedo.


Francisco Settineri.

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