terça-feira, 22 de novembro de 2011

Soneto do Vulcão




Eu vou escrever os mais soberbos versos
No candor de tua serena harmonia,
E a brava fome de mil universos
Em sedução de ousada fantasia!

Se a teus olhos, em desejos diversos,
A sombra do meu corpo se arrepia
Na funda e escura fonte estão imersos,
E a paz de estar contente se irradia...

Porque, ao nos tomarmos lentamente,
A fúria deste amor se torna inata,
Volúpias de um vulcão que era dormente

E agora, indomável, se desata;
A lava que transborda está fervente,
Põe fogo em todo o céu e a densa mata!


Francisco Settineri.

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