O teu amor, gentil pétala rara,
Que em meio à manhã clara veio a lume
Enfeita no teu seio a tez bizarra
E rouba de mil rosas seu perfume...
Mas se é também a flor que desampara
E arranca aos fracos todo o seu queixume,
Em mim é eterna fonte que prepara
E leva-me direto a qualquer cume!
Se eu te tomei com toda uma ousadia
Sabia que em teu mar não há sossego,
Era preciso toda a galhardia
De um cego e muito louco desapego:
Mergulho em teu olhar, pura alegria
E te amo sem descanso, no aconchego!...
Francisco Settineri.
2 comentários:
Bello soneto . precioso cierre.
Un abrazo.
Miguel.
Tenho pelos sonetos um carinho especial. Vc sabe muito bem compô-los.
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