quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Soneto da Alma Morena




Tão doces os teus olhos quando miras
O céu que parecia estar perdido
E eu quero coroar-te de safiras
Enquanto te contemplo, comovido.

As névoas do passado são mentiras,
De nada importa o pranto ressentido,
A vida inspira em nós as novas liras
E a negra noite agora é puro olvido!

Colhi a linda flor, pura verbena,
E o dom foi despertado, tão ligeiro,
Mas quando te entregaste, alma morena,

Na sede de te amar eu fui primeiro,
Pois vi que a vida é intensa e vale a pena,
Tomei minha mulher de corpo inteiro.


Francisco Settineri.

Um comentário:

Medo do cancer disse...

Tão maravilhoso e emotivo que fisga o coração, Nobre poeta tem meus aplausos e meu total respeito.bj

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