sábado, 3 de dezembro de 2011

Soneto do Desamparo




Diante de ti eu plano em ar suspenso,
Silêncio a ter sabor que me arrepia
Olhar a florescer, doce magia
E um belo amanhecer, que logo incenso.

Mas entre as tuas mãos resto indefenso,
Se paira em tua fronte a nostalgia,
Eu busco abrigo em ti, na ventania
Em vívida presença é só o que penso...

É triste o meu amor, no desamparo
De um mar que tem na alma uma sombria
E tarda vastidão em travo amaro.

Eu sofro, ao querer da tirania
A prece com que aflito me declaro
Ser teu, como única valentia!


Francisco Settineri.

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