quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cavaleiro Solitário


Consorte da planura solitária,
Cruzado de uma fúria inclemente
Não via nada mais à sua frente
Que a dor de ser, tamanha, e a sede vária...

Mas eis que a vida se mostrou contrária
Ao frio espasmo da razão demente
Não vi que estavas por demais presente
Nas sendas do meu canto, multifária!

Eu monto novamente o Rocinante,
Invento um passo e o tiro deste atraso;
O brilho do teu olho incandescente

Devolve a cor ao pé do meu parnaso.
Alado por teu vulto fascinante
Explode em mim ardor, eis findo o caso...


Francisco Settineri.

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