sábado, 9 de junho de 2012

Soneto Noir



São ricas, raras, prestas e elegantes
As curvas que entrevejo no teu seio
Se hoje o bravo olhar neles passeio
É que essa luz vivaz os faz gigantes!

Se não passamos, pois, de dois amantes,
Sugiro que te entregues sem receio
Pois nada em outra vida traz o veio,
Ornado intenso brilho de diamantes!

Acendes com elegância um cigarro
Que traz, em sua fumaça, um filme noir
E roças, com um braço que eu agarro

A fímbria de uma luz difusa ao ar.
Alegram-se as palavras com que amarro
As núpcias, fartas noites no boudoir...


Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...