sábado, 20 de outubro de 2012

Poema de Aniversário






Eu sabia que a criança quando cresce
Guarda em si um pouco o resto de um sorriso
Mas pergunta por que então é sem aviso
Que o que tinha, que era flor, então fenece...

É no ocaso que essa têmpera padece,
Pavilhão de uma memória que eu aliso
Nesse verso imaterial em que deslizo
Que a centelha do poema agora tece!

Minhas mãos também remaram por um Norte
Que pairava deslumbrado sobre mim,
Mas o barco estava entregue à própria sorte

E a viagem estava longe do seu fim:
Pois de haver algo maior que a própria morte
Não sabia ser capaz de amar assim...


Francisco Settineri.

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