sábado, 11 de janeiro de 2014

ESTRELA CADENTE



Desatei fantasias, floração perplexa
E a festa dos meus olhos começou mais cedo.
Nua lembrei de ti em cópula convexa,
Mas que em nada provocava riso ou medo.

Juras recíprocas em cláusulas anexas,
Olhos voltados para as flores do arvoredo;
Peles a tremer em palavras desconexas,
Mãos, mamilos, testa, beijo; coxa e dedo.

A floração da primavera, incandescida,
Altissonava em rubros flamboyants de sonho...
E as nítidas estrelas, só por ti descidas,

Lembram a aurora mística de tempo antanho:
És para mim mais que a vestal não decaída,
Um sol em giraflor brilhando ao céu tristonho!



Francisco Settineri.

Um comentário:

rosa-branca disse...

Olá amigo, mais um maravilhoso soneto que adorei. Bom Domingo e beijos com carinho

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...