domingo, 16 de março de 2014

Crepúsculo


A sarça firma o verde contra a encosta
E a água conta histórias de antanho.
Fascinam-me as de maior tamanho,
Gigantes levam rochas sobre as costas!

Erguidas de um só golpe todas hastas,
O vento assobia um som estranho
Que prenuncia, enfim, um grande lanho
Na tarde que acabou e já diz – basta!

A paz cai no silêncio que se entenda,
A ave volta ao ninho sem descaso.
Não há nesse remanso ar de contenda,

Murmúrios nos duetos ao acaso;
E o rio no burburinho de encomenda:
Eu bebo na nascente o céu do ocaso!


Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...