Figura
sempre forte na infância
O
espelho e a gravata em minha mente
O
medo que eu sentia à sua frente
Mas
bem maior que o medo a minha ânsia
De
ser também um dia um homem forte
De
carregar o mundo aos próprios ombros
E
ser mais duro do que todos cedros
Mas
sendo imune à dor e à própria morte!
Porém,
mundo girou e hoje és sombra
Daquilo
que pra mim se fez gigante
Saudade
desse som tonitruante
Que
tudo fez tremer por sobre a alfombra...
Te
encaro, espantado, e a dor me assalta
A
ouvir, vinda de ti, fala demente
Que
espalha da maneira mais freqüente
O
olhar sempre perdido e a voz que falta!
Francisco
Settineri.
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