sábado, 13 de dezembro de 2014

Soneto




Se o forte abraço é dado à minha bela,
A primavera feita em luz consente
O vasto céu que já se fez presente
Com tanta cor dentro de uma aquarela.

É só a mão que não se sente bela,
A pena insiste e o coração sente
Que a vez é dada ao meu verso demente
De vez que escapa, louco, de uma cela!

Eu peço à Dama o seu mais fundo e forte
Condão que enlaça, cego e que se estreita
Na maravilha que lhe apraz ao norte

Que orienta toda a paz e aceita...
Pois tu vieste, assim, de toda sorte
Assim desnuda, assim luar, desfeita!


Francisco Settineri.

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