Eu canto nas manhãs por onde vago
E amo essa tranquila paz do outono
Por onde me despeço em abandono
De tudo o que restou dentro do pago.
Eu trago a este sonho em que te afago
A noiva seminua no seu trono
E beijo a minha gueixa em seu quimono
Pois sinto o seu ardor no andar pressago.
É raro o esplendor da coisa fina
Que deixa em toda parte a sua fragrância
E lança, por sua íris cristalina
A grande calma de um amor sem ânsia
Assim que vejo esbelta essa menina
Serena, porque é flor na paz da estância!
Francisco Settineri.
Um comentário:
mais um belo soneto
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