quarta-feira, 15 de julho de 2015

Mãos dadas




Eu lembro mais de ti quando entardece
Pois que era quando a tarde, a luz dormia
E foi que junto a mim tu já descias
Em corpo adivinhado junto à prece.

Serena, o quanto a lágrima parece,
Pois foste ao coração a tirania
Me deste o braço e tanta era a alegria
Que muito eu precisava e a noite tece!

Eu hoje só queria pela rua
Sonhar que tu eras minha namorada,
A rosa era escarlate e era só tua

Na tarde que esperava, demorada.
Brilhava o rosto teu, e me era dada
A espera de nós dois, que era tão nua...


Francisco Settineri.

Nenhum comentário:

O SOM DO SILÊNCIO

.   Fim da tarde, o sol se esconde, E, por fim, a lava escorre Deste Etna que não morre, E que vai não sabe onde... . O fogo parece fronde. ...