segunda-feira, 5 de outubro de 2015

PARA O POETA GALEGO JOSÉ ANDRÉ, NO DIA DE SEUS SESSENTA ANOS


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Corroída na saudade, grande e bela
Essa data que se vai e marcha lenta
Eu te vejo aproximado dos sessenta
Numa senda tão estreita em Compostela.


Foi o tempo que passou pela janela
Pois o ido que se foi a dor enfrenta
E tu vences o espinho que atormenta,
Eis gravada nesse espelho uma donzela!


E era nua como náufrago querias
Era pele que buscava a mão risonha
Numa lenda que esta noite ainda sonhas


Revoando pela noite sem escolta,
Pois de versos abastado proferias
Ao ouvido que se foi e não mais volta!
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Francisco Settineri

Um comentário:

Unknown disse...

É precioso, certamente, ganhar-se um soneto de presente. Quem me dera!

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