quarta-feira, 13 de julho de 2016

Despedida


Quando me tocaste em silêncio o ombro
Senti que o teu olhar não era apenas
Calor. Era o fim de uma dura pena
E a pele teve mais que um raro assombro.

Os toques são assim, amparo, ensombro,
Pensar que tão-somente são pequena
Das trocas, fica esquecida a serena
Mansidão que sozinha afasta o escombro.

Eu olho-te de volta, e digo: Amor!
Meu corpo já cansado e a carne triste
Entregam-se doídas, teu penhor

Que tanto recebeu, e tu sentiste
O quanto eu quis saber de ser senhor
De um verso que negara que partiste!

Francisco Settineri.

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